O mito do talento natural

Empreendedor Cotidiano | Edição 027

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Tempo de leitura: 3 minutos

Alguns meses atrás, um cliente meu trocou de imóvel pela segunda vez. Para um lugar maior.

A empresa dele só cresce. Sem experiência em marketing. Sem histórico em negócios. Só instinto e um pouco de jogo de cintura.

E aqui está a parte interessante sobre “histórias de sucesso da noite para o dia”: elas são raras. Mas também são as que mais ouvimos falar. Porque histórias incomuns ganham manchete e atraem cliques. Justamente por serem… incomuns.

Nos últimos anos, convivi de perto com empresários e profissionais liberais. Percebi que, na maioria das vezes, a jornada deles se parece muito com outros caminhos que exigem dedicação. Como aprender um instrumento musical ou um novo idioma.

Essas curvas de aprendizado normalmente caem em quatro grupos:

Grupo 1: os que parecem “pegar” o negócio de primeira. Começam e tudo encaixa. Entendem o mercado, enxergam oportunidades e executam desde o dia um. Fazem parecer fácil.

Grupo 2: os que lutam eternamente sem nunca achar o ritmo. Leem todos os livros, fazem todos os cursos, assistem a todos os webinars… e continuam perdidos. Como alguém que tenta aprender inglês por anos sem nunca conseguir manter uma conversa.

Grupo 3: os escaladores consistentes. Começam mal, mas continuam. Podem levar uma década para construir algo que dê certo, mas chegam lá com esforço constante e aprendizado. Esse grupo forma a maioria das histórias de sucesso que você nunca ouve falar.

Grupo 4: compram o curso, baixam o Duolingo, compram o violão… e desistem em semanas ou meses. Porque amam a ideia, mas odeiam a prática diária.

Por que a maioria está no Grupo 4

Eu costumava achar que as pessoas desistiam por falta de disciplina. Hoje vejo que não é isso. O motivo é mais simples. A maioria desiste porque está correndo atrás da coisa errada.

Elas querem o resultado final (falar inglês fluentemente, tocar lindamente, ter um negócio de sucesso). Mas não gostam do processo para chegar lá.

Isso não dura muito, claro. Porque o sucesso vem de gostar bastante da prática diária para continuar nela por muito tempo.

Alguns “naturais” podem chegar lá mais rápido. Mas eles são minoria.

A maioria dos casos de sucesso vem dos escaladores consistentes. Aqueles que aprendem a gostar da jornada, não só do destino.

Os melhores músicos não querem só tocar no palco. Eles amam ensaiar, ouvir música, falar sobre música, mergulhar nesse mundo.

A diferença está no prazer pelo processo.

Descobrindo seu caminho

Saber em qual grupo você está muda tudo na sua forma de empreender.

Se você não é um “natural”, tudo bem. A maioria não é. Mas vale se perguntar:

“Eu gosto mesmo de construir um negócio? Ou só quero ter um negócio pronto e bem-sucedido?”

Se você não curte o trabalho do dia a dia: resolver problemas, criar conteúdo, conversar com clientes, aprender e ajustar o tempo todo, provavelmente vai acabar no Grupo 4.

E está tudo bem também. Mas é melhor descobrir cedo do que passar anos forçando algo que não combina com você.

O resumo da ópera

O sucesso em negócios (ou música, ou idiomas) não é só talento, persistência ou esforço. É encontrar algo que você goste o suficiente para praticar por anos. Mesmo quando for difícil.

Talvez essa seja a diferença real entre os grupos: não talento, mas a capacidade de encontrar alegria na prática em si.

Antes de começar seu próximo projeto, se pergunte:

“Eu estou animado com os próximos dez anos disso? Ou só com a ideia do resultado final?”

Sua resposta vai dizer exatamente em qual grupo você vai parar.

Um forte abraço.
Luciano Nigro

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